VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 130-136

Modelagem dos impactos ambientais gerados pela criação de animais de laboratório

Sousa, Natannael AlmeidaSerra, Daniel SilveiraBrito, Kaio Bruno Pereira deOliveira, Mona Lisa Moura deCavalcante, Francisco Sales Ávila

Na busca por modelos que possam reproduzir condições fisiopatológicas humanas e/ou proporcionar a avaliação de novos fármacos, pesquisas que utilizam animais estão em crescimento, acarretando um aumento na demanda por animais. Cuidados na criação e utilização desses animais são imprescindíveis, objetivando a manutenção do bem estar animal. Face a este cenário, torna-se importante ter-se conhecimento acerca dos prováveis impactos ambientais que a manutenção desses animais podem gerar. Desse modo, este trabalho objetivou, modelar o desempenho ambiental para a manutenção de animais de pequeno porte, utilizando a metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Para isso, foram criados dois espaços físico simulado (EFS), comportando 375 ratos ou 625 camundongos. Para a obtenção dos resultados, foram seguidas as etapas de uma ACV conforme a metodologia definida pela norma ISO 14040. Nossos resultados demonstram que, na ACV para ratos, produzse cerca de 329 kg de CO2 equivalente e 62.10-3 kg de MP2,5, e para camundongos, produz-se cerca de 87,93 kg de CO2 equivalente e 19.10-3 kg de MP2,5. Vários trabalhos correlacionam níveis elevados de CO2 equivalente e MP2,5 presentes na atmosfera a patologias cardiorrespiratórias, demonstrando que os impactos ambientais gerados pela manutenção e descarte de animais de laboratório são significativos. Pesquisas com animais é uma realidade e sem eles as ciências biomédicas em geral não teriam alcançado o progresso atual, contudo, devem seguir o princípio dos “3Rs” (Redução, Refinamento e Substituição). Deve-se considerar os impactos ambientas que a manutenção desses animais pode gerar, reforçando a ideia de sua utilização responsável.(AU)

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