O camarão Macrobrachium amazonicum vendido em um centro urbano na região central da Amazônia brasileira está contaminado com microplásticos?
Guimarães, Gabriel dos AnjosMoraes, Beatriz Rocha deAndo, Rômulo AugustoPerotti, Gustavo FrigiSantanna, Bruno SampaioHattori, Gustavo Yomar
Há uma crescente preocupação global com os microplásticos, encontrados em diversos ambientes. No entanto, ainda faltam dados sobre a contaminação por microplásticos em camarão salgado e os riscos à saúde associados. Analisamos se os camarões salgados vendidos em mercados de uma cidade principal no estado do Amazonas (Brasil) estão contaminados com microplásticos. Examinamos 150 espécimes de Macrobrachium amazonicum e encontramos 396 potenciais microplásticos em 129 indivíduos (86%). O número de partículas por grama de massa corporal foi mais alto no trato gastrointestinal, com 60% delas variando em tamanho de 1.000 a 5.000 µm, predominantemente fibras de cor azul escura (80%). A contaminação provavelmente se origina do ambiente e do sal utilizado durante o processamento na região onde os camarões são capturados. Nossos resultados indicam um potencial risco à saúde para os muitos consumidores de camarões salgados na região amazônica.
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