Tendência da tuberculose entre os povos indígenas da Amazônia brasileira de 2001 a 2022
CARRASCO, Leny Meire Correa MolinariRODRIGUES, Gabriel LopesSANTOS, Hendrega Nadynne de OliveiraMARINHO, Giovanna MachadoPEREIRA, Thayza MirandaMONTEIRO, Lorena Dias
RESUMO A tuberculose (TB) continua sendo uma preocupação significativa de saúde pública entre os povos indígenas na Amazônia brasileira. Este estudo teve como objetivo descrever as características epidemiológicas e as tendências temporais dos indicadores de TB nessa população de 2001 a 2022. Analisamos dados de novos casos de TB autodeclarados por indígenas na área da Amazônia Legal a partir do banco de dados DATASUS do Ministério da Saúde do Brasil. Os indicadores de TB foram calculados e as tendências temporais foram analisadas usando regressão joinpoint. Um total de 9.245 casos de TB foram registrados entre os residentes indígenas. Os homens foram os mais afetados de 2001 a 2022, exceto 2019. Os casos de TB diminuíram significativamente de 2001 a 2022 [mudança percentual média anual (AAPC) = -2,7%; intervalo de confiança (IC) de 95% = -3,6 a -1,7]. Foi observada uma considerável redução na incidência nos estados de Rondônia (APC = -7,4%, IC = -1,0 a -4,8), Acre (APC = -3,2%, IC = -5,4 a -0,9), Amazonas (APC = -4,1%, IC = -4,9 a -3,3%) e Tocantins (APC = -3,3%, IC = -5,8 a -0,7) . No estado de Mato Grosso, ocorreu um aumento significativo de 2012 a 2015 (APC = 46,6%, IC = -28,4 a 200,0). A incidência de TB continua alta entre os povos indígenas na Amazônia Legal em comparação com a população geral da região e do Brasil, apesar das tendências de declínio no período.
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