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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Anafilaxia à doxorrubicina após três aplicações

Reginato Martins, LetíciaBachinski Pozzer, Claricede Gaspari, RenataSantos do Amaral, Anne

Introdução: O aumento da frequência de diagnósticos de neoplasias, associado à maior preocupação dos proprietários com as opções terapêuticas e a qualidade de vida de seus animais tem tornado a quimioterapia antineoplásica uma prática cada vez mais difundida na clínica de pequenos animais. Dos quimioterápicos utilizados, um dos mais indicados é a doxorrubicina, um antibiótico antracíclico citostático utilizado para tratamento de linfoma, osteossarcoma, hemangiossarcoma e uma variedade de carcinomas. A toxicidade mais comum é gastrintestinal, com vômito, diarreia e anorexia que ocorrem de três a cinco dias após a aplicação. A toxicidade miocárdica é bem conhecida e eventualmente são relatados episódios de arritmia durante a aplicação. Tem sido demonstrado que a doxorrubicina causa o aumento da liberação periférica de histamina, um efeito dose-relacionado e associado à infusão rápida. Os sinais clínicos da liberação de histamina são prurido, agitação da cabeça, urticária, eritema e vômito. Alguns oncologistas recomendam o uso de difenidramina antes da doxorrubicina, apesar da efi cácia não ser comprovada. No Serviço de Oncologia de Pequenos Animais do Hospital Veterinário Universitário (SOPA-HVU) o protocolo de uso da doxorrubicina inclui canulação venosa, infusão de solução de NaCl 0,9% e administração de doxorrubicina diluída a 0,5 mg/ml pelo infusor lateral do equipo, administ

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