Diferentes teores protéicos e de proteína de origem animal em dietas para o bagre africano, Clarias gariepinus (Burchell, 1822) na fase inicial
Meire Vidotti, RoseJosé Carneiro, DaltonBraga Malheiros, Euclides
Com o objetivo de estudar a utilização da fração protéica na fase inicial do crescimento do bagre africano, Clarias gariepinus (Burchell, 1822), foram utilizadas doze dietas contendo quatro níveis de proteína bruta (20, 26, 32 e 38%) e três proporções de proteína de origem animal: zero, um quarto e metade do teor protéico da dieta. Alevinos estocados em aquários de 100 litros de capacidade receberam ração à vontade duas vezes ao dia, durante duas fases experimentais com durações de 45 e 30 dias. O C. gariepinus mostrou-se exigente com relação à fração protéica da dieta, considerando-se que a elevação do teor protéico até o máximo, melhorou, efetivamente, os resultados de ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, taxa de eficiência protéica e taxa de crescimento específico, quando foi utilizada a maior proporção de proteína de origem animal. A elevação da proporção de proteína de origem animal das dietas para 50% somente melhorou os valores de desempenho de produção quando o teor protéico era máximo, promovendo, por outro lado, maior heterogeneidade de crescimento, dominância e, na fase inicial de crescimento, aumento da mortalidade. Com base nos resultados deste estudo podemos concluir que o bagre africano mostrou-se exigente em relação à quantidade e à qualidade da proteína.
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