Anatomia e cinética de degradação do feno de Manihot glaziovii
França, Andrezza Araújo deGuim, AdrianaBatista, Ângela Maria VieiraPimentel, Rejane Magalhães de MendonçaFerreira, Geane Dias GonçalvesMartins, Isis Darlene Sabóia Leal
Avaliaram-se a composição química, o teor de compostos secundários, a degradabilidade in situ, a anatomia e a degradabilidade dos tecidos do feno de maniçoba, a partirde plantas em início de frutificação, oriundas de uma vegetação de caatinga em Ibimirim, Estado do Pernambuco. O caule apresentou células com variados graus de lignificação, destacando-se apresença de fibras gelatinosas, parênquima medular lignificado e espessas paredes celulares noxilema. As folhas se destacam pela presença da estrutura girder, caracterizam-se pela grande quantidade de mesofilo, constituído por células com paredes delgadas, contribuindo para a degradabilidade de matéria seca. Idioblastos contendo drusas de oxalato foram encontrados nostecidos vasculares, na nervura principal da folha. Eles funcionam como mecanismos de defesa do vegetal contra herbívoros e podem afetar a disponibilidade de minerais para o animal. O feno de maniçoba, apesar de obtido de planta em avançado estágio de maturidade (início da frutificação), possui adequada composição química e baixos teores de ácido cianídrico e taninos. Os principais limitantes à degradabilidade são o espessamento e a lignificação das paredes celulares, especialmente nos tecidos do caule. Adicionalmente, os diversos aspectos aqui relatados induzemà continuidade de pesquisas em diversos focos e visam ao melhoramento e à utilização desta espécie como forrageira.(AU)
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