Resposta de dor relacionada ao sexo e ciclo estral em concentrações plasmáticas de glicose, ácidos graxos livres e corticosterona em ratos
Moraes, Elzira Diniz deZaia, Cássia Thaís Bussamara VieiraZaia, Dimas Augusto MorozinSantos, Angelo Alexander Torres dosRibeiro, Rachel Cezar de AndradeSilva, Andreia Lopes da
Estudos experimentais têm demonstrado a existência de diferenças sexuais na resposta de dor, e as evidências sugerem a influência de hormônios sexuais na experiência dolorosa. O objetivo deste estudo foi o de comparar as alterações metabólicas e hormonais entre machos e fêmeas em proestro e estro após o estímulo doloroso por formalina no músculo masseter. Ratos machos e fêmeas Wistar (peso: 200-250 g) foram submetidos a uma injeção de formalina (grupo F, 1,5%) ou salina (grupo S, 9,9%) no músculo masseter e depois de 0 (grupo N, controle sem injeção), 5, 15, 30 ou 60 minutos foram decapitados e retirouse o sangue para dosagens bioquímicas. A concentração plasmática de estradiol (pg dL-1) foi significativamente maior no proestro (106,3 ± 4,3, n = 45, p < 0,05) em comparação com o grupo em estro (89,4 ± 3,5, n = 43). A concentração sanguínea de glicose plasmática (mg dL-1) aumentou após 5 e 15 minutos da injeção de formalina ou salina nos animais, mas no grupo estro o esse aumento foi maior. A concentração plasmática de ácidos graxos livres e de corticosterona demonstrou níveis elevados no grupo estro após 5, 15 e 30 minutos apresentando uma diferença significante (p < 0,05) em relação aos animais machos ou fêmeas em proestro. Os valores de glicose, ácidos graxos livres e corticosterona mais elevados nas fêmeas em estro sugerem que a fase do ciclo estral pode estar interferindo na resposta de estresse, podendo estar relacionada com a diminuição na concentração de estradiol.
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