Inibição de proteases da coagulação e trombose e estudo toxicológico subcrônico de uma fração polissacarídica sulfatada da alga vermelha Gelidiella acerosa
Queiroz, Ismael Nilo Lino deRodrigues, José Ariévilo GurgelQuinderé, Ana Luíza GomesHolanda, Márjory LimaPereira, Maria GonçalvesBenevides, Norma Maria Barros
Poucos estudos mostram metabólitos isolados de rodofíceas de espécies Gelidiella. Avaliou-se uma fração polissacarídica sulfatada de G. acerosa coletada a partir de duas praias brasileiras do Nordeste do Brasil (Flecheiras-F e Pedra Rachada-PR) sobre proteases da coagulação e trombose, e em ensaio de toxicidade in vivo. Extrações enzimáticas renderam 1,40% e foram obtidos perfis cromatográficos semelhantes (DEAE-celulose), apresentando frações (Ga-IâV), contendo diferenças entre as proporções relativas de sulfato (5-42%), além de a eletroforese revelar diferenças na densidade de carga. A Ga-IV-PR apresentou discreto efeito (3,01 UI mg-1) sobre a coagulação humana normal comparada à heparina (193 UI mg-1) e foi testada sobre proteases da coagulação (trombina e fator Xa) na presença de antitrombina e em um modelo de trombose venosa em ratos usando tromboplastina com estímulo trombogênico, sendo inibidos esses sistemas. Entretanto, em elevadas doses (>1,0 mg kg-1) o efeito antitrombótico foi revertido. No estudo toxicológico, Ga-IV (9 mg kg-1) consecutiva durante 14 dias não causou mortalidade em camundongos, mas alterou discretamente alguns parâmetros bioquímicos e hematológicos. O aumento nos tamanhos do fígado e baço não apresentou significância toxicológica, segunda análise histopatológica. Portanto, G. acerosa não muda bioquimicamente a composição de polissacarídeo de sua matriz e detém agente antitrombótico seguro.
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