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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Comparação de anormalidades nucleares em Astyanax bifasciatus Cuvier, 1819 (Teleostei: Characidae) de dois trechos de rios do médio Iguaçu

Melo-Silva, MerieliOliveira, Felipe RafaelRosa, JonathanGemelli, EmanuelliSantos, LilianBueno-Krawczyk, Ana Carolina de Deus

A maioria das alterações dos corpos hídricos é resultante das atividades antrópicas que são prejudiciais à integridade ambiental dos ecossistemas aquáticos. Alterações no material genético podem ser evidenciadas pela frequência de anormalidades nucleares em peixes, em resposta a agentes genotóxicos, mesmo em baixas concentrações. Dessa forma, o estudo consistiu em comparar as frequências de anormalidades nucleares de peixes mantidos em aclimatação, com peixes coletados no rio Timbó (Santa Cruz do Timbó, Estado de Santa Catarina), local com pouca interferência antropogênica e, peixes coletados no rio Iguaçu (União da Vitória, Estado do Paraná), um rio poluído. As maiores frequências de alterações na morfologia nuclear dos eritrócitos dos peixes foram visualizadas na área urbanizada ao redor do rio Iguaçu, quando comparados com os peixes coletados em área com mata ciliar preservada, no rio Timbó, e os peixes aclimatados, que não apresentaram alterações morfológicas. Esses resultados sugerem que há compostos genotóxicos no trecho médio do rio Iguaçu que são estressores para os peixes. Além disso, a não observação de anormalidades nucleares no rio Timbó sugere que rios sem alterações ambientais podem servir como ponto de referência para estudos comparativos de modificações genéticas para a espécie estudada.

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