Surtos de infecção por Neoechinorhynchus buttnerae (Acanthocephala) em Colossoma macropomum cultivado semi-intensivamente em Theobroma, estado de Rondônia, Amazônia Ocidental
Lucena, Carina Fernanda Pereira de JesusDantas Filho, Jerônimo VieiraFerreira, Aristoteles Marcos SilvaRocha, Ana Sabrina Coutinho MarquesSchons, Sandro de VargasGasparotto, Paulo Henrique Gilio
O objetivo deste estudo foi descrever dois surtos de Neoechinorhynchus buttnerae parasitando Colossoma macropo-mum em cultivo semi-intensivo no município de Theobroma, estado de Rondônia, Brasil. Foi relatado pelo proprietário que os animais apresentavam histórico de baixo ganho de peso e diminuição da ingestão alimentar. C. macropomum que pesavam em torno de 1,5 kg foram avaliados clinicamente onde a superfície corporal, nadadeiras, cavidade bucal e braquial foram cui-dadosamente analisadas e não foram encontradas alterações. N. buttnerae foi o único parasita intestinal encontrado nos espé-cimes estudados, e seu padrão de distribuição mostra uma preferência pela porção posterior do intestino do C. macropomum. Todos os 50 peixes examinados estavam parasitados por pelo menos um N. buttnerae. Este parasita foi encontrado no sistema digestivo dos peixes examinados. Foram encontrados 100% de prevalência, 430 de intensidade, 8,6 de intensidade média e de abundância média. Apesar de não haver registro de mortalidade por acantocefalose, foram registrados danos que comprome-teram a conversão alimentar dos peixes. C. macropomum foram infectados pela ingestão de um crustáceo contendo cistacanto, a forma larval infectante do parasita. No intestino foram encontrados danos como presença de nódulos, hipertrofia de células caliciformes, espessamento da camada muscular, metaplasia no tecido muscular, edema grave por infiltração leucocitária nos vasos sanguíneos e focos necróticos devido às altas taxas de infecção de N. buttnerae. Dito isso, as atividades de fiscalização são essenciais para a preservação da saúde do consumidor e do animal.(AU)
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