Ectoparasitismo em uma assembléia de morcegos em um fragmento florestal no estado do Acre, Brasil
Santos, Francisco Glauco de AraújoCalouro, Armando MunizSouza, Simey Freitas deLague, Brenda MoraesMarciente, RodrigoFaustino, Camila de LimaSantos, Glauco Jonas LemosCunha, Amanda Oliveira
A abundância de ectoparasitos em morcegos pode ser influenciada através de características associadas ao hospedeiro, tal como abrigo, tamanho do corpo, sexo, idade, ou sistema social. Estudos sobre o tema na Amazônia, especialmente a brasileira, são escassos. A área de estudo foi o Parque Zoobotânico (PZ), com tamanho aproximado de 150ha, localizado na cidade de Rio Branco-Ac. Os morcegos foram capturados com o auxílio de redes de neblina, as quais ficavam abertas das 18h00min às 22h00min, durante três dias/mês, ao longo de um ano. Os animais capturados foram colocados em sacos de pano e levados ao laboratório para coleta e identificação de ectoparasitos. Foram capturados 61 indivíduos de 11 espécies de morcegos. Dos morcegos capturados, 33 apresentaram pelo menos uma espécie de díptero ectoparasita. O morcego com o maior número de ectoparasitas coletados foi um indivíduo macho da espécie Phyllostomus elongatus, com 13 moscas ectoparasitas da espécie Trichobius costalimai. O grau de parasitismo parece estar sendo influenciado pelo microclima e pelos hábitos de cada espécie, tais como o tipo de abrigo utilizado e a formação de colônias.
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