Perfil do consumidor e sua percepção sobre os aspectos higiênicos da comercialização de carnes em feiras livres
Diniz, Wellison Jarles da SilvaAlmeida, Rosangela Bento deLima, Charles Nunes deOliveira, Renata Ramos deQuirino, Wanderleia AlvesBrandespim, Daniel Friguglietti
A feira livre tem um importante papel na comercialização de produtos cárneos, principalmente em pequenas cidades. No entanto, com a mudança no comportamento do mercado consumidor, que tem valorizado outras formas de comércio, a feira tem perdido espaço como canal de distribuição. Logo, objetivou-se avaliar a percepção dos consumidores de carnes de feiras livres quanto às condições higiênicas de comercialização e conhecimento dos riscos à saúde na aquisição destes produtos. Para tanto foram entrevistados 400 consumidores de cinco municípios do agreste meridional pernambucano, os quais foram questionados sobre a frequência de consumo, tipo de carne consumida, condições de exposição e comercialização das carnes e condições higiênicas dos mercados de carne. A carne preferida é a bovina, com consumo diário por 240 (60%) entrevistados, seguida da carne de frango. Em relação aos aspectos higiênicos 187 (46,8%) entrevistados classificaram as feiras como regular, 93 (23,2%) como boa, 69 (17,2%) e 51 (12,8%) como péssima ou ruim, respectivamente. Quanto à forma de comercialização, 210 (52,5%) entrevistados a consideraram inadequada em virtude da presença de animais, exposição à poeira, manipulação da carne pelos consumidores, a exposição em ganchos, além da falta de refrigeração. A veiculação de doenças pela contaminação do produto era conhecida apenas por 160 entrevistados (40%), sendo brucelose e febre aftosa as doenças mais citadas como transmissíveis. Conclui-se que é necessária uma ação preventiva direcionada a reestruturação das feiras, capacitação dos comerciantes e programas de promoção à saúde, em virtude dos riscos aos quais à população está exposta.
Texto completo