Características do ejaculado de caprinos sob estresse calórico em câmara bioclimática
Coelho, L. ASasa, ANader, C. ECeleguini, E. C. C
Para verificar o efeito do estresse calórico (EC) na produção espermática de caprinos, oito machos das raças Saanen (n=4) e Pardo-Alpina (n=4) foram mantidos em câmara bioclimática, sob condições de termoneutralidade (13,0ºC a 26,7ºC) durante 30 dias e, após um período (60 dias) de descanso, submetidos ao EC (23,7ºC a 34,0ºC) por mais 30 dias. Para minimizar as variações sazonais na produção espermática, durante todo o período, o fotoperíodo foi controlado utilizando-se alternância de dias longos (16 horas de luz e 8 horas de escuro) e de dias curtos (8 horas de luz e 16 horas de escuro) a cada 30 dias. Avaliaram-se as temperaturas retal e testicular, o volume do ejaculado, a concentração espermática, as motilidades massal e individual progressiva (MIP), o vigor e a morfologia espermática. Houve aumento (P<0,05) da temperatura do testículo (31,0±1,1 vs. 32,8±0,9ºC) e decréscimos (P<0,01) do volume (0,6±0,3 vs. 0,4±0,3ml), da concentração espermática (5,1±1,8 vs. 4,5±1,5 x109), da motilidade massal (3,5±0,5 vs. 2,9±0,5), da MIP (67,4±14,3 vs. 53,3±13,1%) e do vigor (3,5±0,6 vs.3,0±0,6) quando os animais foram submetidos ao EC. O EC não influenciou (P>0,05) o percentual total de células anormais e nem a temperatura retal. Os machos da raça Saanen apresentaram temperaturas do testículo e retal mais elevadas (P<0,01) e produziram maior volume (P<0,05) de ejaculado. O estresse calórico produzido em câmara bioclimática foi suficiente para afetar, negativamente, algumas características quanti-qualitativas do ejaculado de machos caprinos das raças Saanen e Pardo-Alpina.(AU)
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