Hemograma e hemogasometria de eqüinos submetidos à obstrução experimental de jejuno
Costa, N. SRibeiro, GDória, R. G. SCanola, P. ASilva, P. CJorge, R. L. NFagliari, J. J
Foram utilizados oito eqüinos distribuídos em dois grupos, submetidos ou não à obstrução experimental do jejuno mediante a colocação de um balão intraluminal. Os animais do grupo 1 foram submetidos à enterotomia com colocação do balão sem distensão suficiente para provocar isquemia e os do grupo 2 à isquemia por obstrução do jejuno durante quatro horas. Para determinação do hemograma e da hemogasometria foram obtidas amostras de sangue venoso em quatro momentos: uma hora antes do procedimento cirúrgico (M1), ao final da obstrução/isquemia (M2) e uma hora (M3) e 18 horas (M4) após o início da reperfusão/desobstrução. Não houve diferença entre grupos nas contagens de hemácias, leucócitos totais, neutrófilos bastonetes, neutrófilos segmentados, linfócitos e monócitos, bem como no teor de hemoglobina. Houve diferença no volume globular em M2 e na contagem de eosinófilos em M3. Na hemogasometria, em ambos os grupos, registrou-se diminuição dos teores de sódio, potássio, cálcio ionizado e cloro, da pressão parcial de oxigênio e da saturação de oxiemoglobina. Os resultados indicam que o hemograma, isoladamente, não fornece informações conclusivas, enquanto a hemogasometria possibilita determinar, precocemente, o volume de reposição hidroeletrolítica a ser administrado em eqüino com abdômen agudo decorrente de obstrução de jejuno, auxiliando no tratamento e no melhor prognóstico da afecção intestinal.(AU)
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