Alterações hematológicas em cães anestesiados com infusão contínua de propofol, associado ou não ao tramadol
Costa, P FNunes, NBelmonte, E AMoro, J VLopes, P C F
Fármacos comumente utilizados na prática anestésica podem alterar significativamente o estado oxidativo das células sanguíneas. Esse mecanismo pode contribuir para a supressão imunológica que ocorre transitoriamente no pós-operatório imediato. Assim, foram avaliados os efeitos da infusão contínua (CRI) de propofol associado ou não com tramadol sobre parâmetros hematológicos em cães. Oito cães adultos foram anestesiados em duas ocasiões, com 15 dias de intervalo. Dois grupos foram formados: grupo-controle (CG) e grupo tramadol (TG). O propofol foi utilizada para a indução (10mg kg-1), seguido por CRI (0,7mg kg-1 minuto-1). Os animais foram posicionados em decúbito lateral e ventilados com fração inspirada de oxigênio de 0,6. Em TG, tramadol (2mg kg-1), seguido por CRI (0,5kg de 1 minuto-1mg), foi administrado em cães. Enquanto no CG, o cloreto de sódio solução (NaCl) a 0,9% foi administrado seguido por sua CRI, no mesmo volume que foi usado no TG. As mensurações das variáveis foram realizadas antes da indução anestésica (Tbasal), 30 minutos após a indução (T0) e em intervalos de 30 minutos (T30 a T60). Hemácias, hematócrito, hemoglobina e leucócitos totais diminuíram a partir de T0 em ambos os grupos. No TG, contagem de linfócitos no Tbasal [1,86 (0,82) x103µl-1] foi maior do que em T0, T30 e T60 [0,96 (0,50), 0,92 (0,48) e 0,95 (0,48) x103µl-1, respectivamente]. Não foram observadas diferenças significativas para plaquetas, neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos. Em cães, anestesia com propofol associado ou não ao tramadol promove alterações importantes no hemograma e deve ser utilizada com cautela em pacientes imunossuprimidos.(AU)
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