VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1394-1402

Eficiência de vacinas inativadas contra agalaxia contagiosa no Brasil

Campos, A CAzevedo, E OAlcântara, M D BSilva, R B SCordeiro, A AMamede, A GMelo, M ARosendo Nascimento, ECastro, R S

Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia de três vacinas inativadas contra agalaxia contagiosa, preparadas com amostra de Mycoplasma agalactiae isolada no Brasil e diferentes adjuvantes. A vacina 1, adsorvida com hidróxido de alumínio, foi administrada em 23 caprinos (Gc1) e 13 ovinos (Gov1); a vacina 2, contendo Montanide IMS-2215-VG, foi administrada em 22 caprinos (Gc2) e 12 ovinos (Gov2); e a vacina 3, contendo Montanide Gel-01 foi administrada em 22 caprinos (Gc3) e 12 ovinos (Gov3). Todos os animais eram negativos para Ma no ELISA indireto e receberam duas doses de 2mL cada, por via subcutânea, com intervalo de 21 dias. Cinco animais de cada espécie foram utilizados como controle. Setenta e cinco dias após o reforço, quatro animais de cada grupo vacinado e dois do grupo controle foram desafiados com 5mL de cultura de Ma contendo 10(7)ufc/mL, por via oral e pela imersão dos tetos das fêmeas em lactação. A resposta sorológica foi analisada nos dias da vacinação (zero e 21) e aos 51, 81, 111, 141 e 171 dias pós-vacinação. As coletas e análises dos animais desafiados foram realizadas no dia do desafio (D0) e sete, 14, 21, 28, 35, 42, 49 e 56 dias pós-desafio. As três vacinas induziram produção de anticorpos, não havendo diferença estatisticamente significativa entre caprinos e ovinos (P>0,05). Animais dos grupos Gc1, Gc2 e Gov2 produziram níveis de anticorpos mais elevados, com diferença estatisticamente significativa em relação aos demais grupos vacinados e ao grupo controle (P<0,05). Após o desafio, os animais do grupo controle apresentaram aumento de linfonodos regionais e conjuntivite, mastite e artrite. Em quatro animais vacinados, foi observada discreta conjuntivite e congestão dos vasos episclerais. Conclui-se que as vacinas 1 e 2 induziram níveis de anticorpos protetores em caprinos e ovinos suficientes para proteção clínica dos animais submetidos à infecção experimental, podendo ser indicadas para prevenção da agalaxia contagiosa.(AU)

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