O uso do peritônio de paca conservado em solução supersaturada de açúcar a 300 por cento ou glicerina a 98 por cento implantados na parede abdominal de ratos
Leal, L. MFerreira, A. R. SReis, A. C. GMartins, L. LGarcia Filho, S. PMachado, R. F
Na busca de material biológico alternativo para a realização de implantes, objetivou-se com o presente estudo avaliar comparativamente a implantação do peritônio de paca, uma nova opção de biomaterial, conservado em solução supersaturada de açúcar a 300 por cento e conservado em glicerina a 98 por cento na parede abdominal de ratos Wistar. Foram utilizados 60 ratos, machos, da linhagem Wistar, pesando entre 150 e 200 gramas, organizados nos seguintes grupos experimentais: grupo controle (GI), grupo peritônio conservado em solução supersaturada de açúcar a 300 por cento (GII) e grupo peritônio conservado em glicerina a 98 por cento (GIII), cada um com 20 animais. Os grupos GII e GIII receberam o enxerto de peritônio da paca conservado em solução de açúcar 300 por cento e glicerina 98 por cento, respectivamente, e o grupo GI não recebeu a membrana. Cinco ratos de cada grupo foram submetidos à eutanásia em quatro momentos distintos: sete, 15, 30 e 60 dias de pós-operatório para avaliações macroscópicas e microscópicas da interface implante-tecido nativo. Apesar de reações adversas observadas em 57,5 por cento dos animais do grupo GII e GIII, em 95 por cento dos animais desses grupos houve boa cicatrização da membrana. Na análise histológica, verificou-se a presença de grande infiltrado inflamatório nos períodos iniciais (sete e 15 dias) e grande presença de tecido conjuntivo nos momentos finais (30 e 60 dias). Concluiu-se que o peritônio da paca como membrana biológica conservado nos meios estudados pode ser utilizado com segurança na parede abdominal de ratos; ainda, que sua conservação em solução supersaturada de açúcar a 300 por cento permitiu melhor maleabilidade no ato cirúrgico.(AU)
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