Pesquisa molecular de Neorickettsia risticii em trematódeos e moluscos em região com evidência sorológica do agente em equinos, estado do Rio de Janeiro
Costa, R. LVitari, G. L. VSilva, C. BPeckle, M. PPires, M. SBrandolini, S. V. P. BPinheiro, JMassard, C. LSantos, H. A
No Brasil, estudos apontam a circulação de Neorickettsia risticii em equinos, contudo não estão claros quais os possíveis vetores intermediários dessa bactéria no país. O objetivo do presente estudo foi analisar a presença de N. risticii, utilizando-se técnicas moleculares, em caramujos e estágios larvais de trematódeos em propriedades rurais de uma região com histórico de equinos sororreativos para essa bactéria, no Rio de Janeiro, Brasil. Uma amostragem por conveniência foi utilizada na região de estudo. Os caramujos coletados foram expostos à luz incandescente (60W) durante duas-quatro horas para a investigação de trematódeos nas formas larvais. A extração de ácido desoxirribonucleico (DNA) foi realizada em tecidos de caramujos e trematódeos. A técnica de PCR em tempo real (qPCR) foi utilizada para investigar a presença de um fragmento do gene 16S rRNA de N. risticii. Foram coletados 410 espécimes de caramujos de 11 propriedades com criações de equinos, sendo identificadas as seguintes espécies: Melanoides tuberculata, Pomacea sp., Biomphalaria tenagophila, Physa acuta, Drepanotrema anatinum e Biomphalaria straminea. Apenas 3,17% (n=13/410) dos caramujos identificados estavam infectados por trematódeos. As cercárias obtidas desses caramujos foram classificadas em Megalourous cercariae, Pleurolophocercus cercariae e Furcocercous cercariae. Não foi observada a amplificação do DNA-alvo de N. risticii, por meio da qPCR, em nenhuma das amostras de caramujos e trematódeos testadas. Com base nesses dados, a transmissão de N. risticii por trematódeos que utilizam as espécies de caramujos nessa região parece não ocorrer ou ocorre a taxas muito reduzidas. Portanto, novos estudos são necessários para elucidar quais espécies de hospedeiros invertebrados se infectam por essa bactéria e potencialmente participam da cadeia de transmissão da neorickettsiose equina no estado do Rio de Janeiro, Brasil.(AU)
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