[Estudo retrospectivo das alterações na micção em cães com mielopatia]
Oliveira, I.M.Costa, D.V.Ribeiro, R.R.Torres, B.B.G.
RESUMO Cães com mielopatias apresentam maior risco de desenvolver distúrbios urinários. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a ocorrência de alterações mictórias em pacientes caninos com mielopatias, atendidos em um hospital universitário. Entre março de 2018 e novembro de 2024, foram considerados 26 prontuários clínicos, dos quais 34,61% (n = 9/26) eram de cães sem raça definida e 29,92% (n = 7/26) da raça Dachshund. Mais de 50% foram fêmeas, e a faixa etária média foi de aproximadamente 6,5 anos. A localização da lesão mais observada foi no segmento toracolombar. O exame de urina foi solicitado em 65,38% (n = 17/26) dos casos, e as alterações mais significativas foram aumento da turbidez (70,58%), hematúria (58,8%), leucocitúria (58,8%), células descamativas e transicionais (58,8%). A urocultura foi solicitada em quatro amostras, e a E. coli foi isolada em 66%. Os resultados sugerem que cães com mielopatias tendem a desenvolver alterações no trato urinário inferior. Além disso, existe necessidade de conscientização sobre a importância da realização de exame de urina e urocultura em pacientes com lesão medular.
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