Avaliação da eficiência de tratamento com irradiação ionizante no controle de "moscas das frutas" ceratitis capitata (wied., 1824) (diptera: tephritidae)
Suplicy Filho, N.Calza, R.Paiva, J. A. A.Glória, M.B.Oliveira, D.A.Raga, A.
RESUMO A exportação de frutas brasileiras deve preencher as exigências quarentenárias impostas por países importadores em relação à presença de formas vivas de insetos, como "Moscas das Frutas". Mangas, papaias e caquis de exportação foram expostos com suas embalagens a radiações ionizantes de cobalto, de 10 a 40 krad, depois de serem infestados "naturalmente" e, artificialmente com ovos e larvas da Mosca do Mediterrâneo Ceratitis capitata (Wied., 1824), com a finalidade de se avaliar o efeito dessas radiações sobre os diferentes estágios desse inseto. Os resultados mostram que: a) papaias devem ser tratadas no estágio de maturação "de vez" (75% maduro); b) uma dose de 38,9 a 40,0 krad proporciona em papaias e caquis um controle da infestação natural, assim como da infestação artificial com ovos, porém é ineficiente para controlar a infestação artificial com larvas de último instar; c) todas as larvas, salvo quatro, que sobreviveram aos tratamentos, não conseguiram atingir o estágio adulto. As quatro sobreviventes deram adultos não viáveis, teratóides; d) os estágios mais susceptíveis de C. capitata à radiação ionizante são ovos e pupas; os mais resistentes são as larvas de último instar; e) os dados obtidos com mangas não foram levados em consideração, pela morte de insetos na testemunha.
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