Monitoramento de campylobacter spp ao longo da linha de abate de frangos de corte
Castro, A.G.M.Genovez, M.E.Scarcelli, E.Torres, A.P.Cardoso, M.V.Paschoal, A.L.S.Souza, C.A.I.Carrasco, S.
RESUMO A ingestão de alimentos contaminados, em especial carnes de frangos mal processadas, tem sido incriminada como a principal via de transmissão de enterites por Campylobacter jejuni e Campylobacter coli para o homem. O presente trabalho teve por objetivo estabelecer os possíveis pontos críticos de contaminação de carcaça e fígado de frango na linha de abate. De dois abatedouros localizados em Descalvado e São Carlos, Estado de São Paulo, com capacidade de abate de 60.000 aves/dia e 30.000 aves/dia, respectivamente, foram colhidas amostras que consistiam de: águas do tanque de escaldamento (14), da evisceração (14) e de resfriamento (14), coxa e sobrecoxa (140), fígado (140) e fezes (140). Foram utilizadas técnicas bacteriológicas específicas para isolamento e identificação de Campylobacter spp e coliformes totais. Pela análise dos resultados, observa-se que 25,8% das fezes e 35,7% das águas de evisceração foram positivas para Campylobacter spp. Dos materiais collhidos na etapa de pré-empacotamento, 33,6% das amostras de carcaças e 10,71% dos fígados foram positivas para Campylobacter spp, considerando-se assim o processo de evisceração como ponto crítico da linha de abate para contaminação de carcaças de frango por Campylobacter spp. A intensa contaminação por coliformes totais, onde a maioria das amostras apresentava-se na faixa de incontáveis, mesmo após diluição seriada até 1:1000, impossibilitou o estabelecimento de qualquer relação quantitativa de coliformes totais e a presença de bactérias do gênero Campylobacter.
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