Avaliação da resposta imunoalérgica cutânea à tuberculina em bubalinos (bubalus bubalis)
Roxo, E.Vasconcellos, S.A.Pinheiro, S.R.Baruselli, P.S.Macruz, R.Leite, C.Q.L.
RESUMO O presente trabalho avalia a resposta imunoalérgica cutânea à tuberculina para o diagnóstico da tuberculose em bubalinos. No Experimento I foi avaliada a reatividade à tuberculina em bubalinos e bovinos experimentalmente sensibilizados com M.bovis ou M.avium, frente aos controles, evidenciando que em bubalinos a intensidade das reações na prega ano-caudal foi 1,8 vezes maior que na região cervical e esta foi 1,69 vezes maior que em bovinos. Foi sugerida a leitura do teste simples caudal (T.S.C.) em bubalinos por paquimetria, considerando-se como positiva a reação maior ou igual a 10,0 mm, suspeita entre 6,4 e 9,9 mm e negativa a reação menor que 6,3 mm. No teste cervical comparativo (T.C.C.), os bubalinos seriam considerados positivos quando apresentassem reação maior ou igual a 5,0 mm, suspeitos entre 3,0 e 4,9 mm e negativos quando menor que 2,9 mm. No Experimento II, os resultados dos testes tuberculínicos em bubalinos naturalmente expostos à infecção por M.bovis ou outras rnicobactérias ambientais foram comparados aos exames anátomo e histopatológicos, bacteriológicos e de biologia molecular, revelando que o T.S.C. apresentou 43,24% de resultados falso-positivos e 33,33% de falso-negativos, enquanto que o T.C.C. apresentou 2,7% de resultados falso-positivos e 66,66% falso-negativos. Aplicando-se os valores modificados para a interpretação dos testes, diminuem os resultados falso-positivos para 10,81% e zero em ambos, sem contudo alterar a porcentagem de falso-negativos. Os resultados não foram influenciados pela infecção por micobactérias ambientais.
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