Infecção por salmonella typhimurium em arara azul (anodorhynchus hy acinthinus)
Menão, M.C.Bottino, J.A.Biasia, I.Ferreira, C.S.A.Calderaro, F.F.Tavechio, A.L.Fernandes, S.Ferreira, A.J.P.
RESUMO Foram apreendidas 12 araras azuis (Anodorhynchus hyacinthinus) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, SP, sendo que quatro destas estavam mortas na caixa utilizada para o embarque ilegal. As outras aves foram encaminhadas ao Parque Ecológico do Tietê-DAEE para readaptação e soltura. Ao exame clínico observou-se que as aves estavam debilitadas. Após dez dias, um dos espécimes veio a óbito, sendo então necropsiado no Departamento de Patologia/FMVZ/USP. As lesões encontradas eram sugestivas de salmonelose aviária, sendo então coletados fragmentos de fígado, baço, rim, pulmão e cérebro para exame histopatológico. Fragmentos de baço e fígado foram também coletados para exame bacteriológico, sendo cultivados em caldo BHI e caldo tetrationato a 37°C por 24 horas e cultivados em ágar sangue e Mac Conkey, obtendo-se então dois tipos de colônias lactose negativa e acinzentadas que foram, em seguida, submetidas a testes bioquímicos, sendo caracterizadas como Salmonella spp. A amostra foi encaminhada ao Instituto Adolfo Lutz, SP, para sorotipagem e identificada como Salmonella Typhimurium. Foi realizado o teste de susceptibilidade a drogas antimicrobianas e a amostra mostrou-se resistente somente à tetraciclina. Estas aves foram então tratadas com Danofloxacina à 5 mg/kg PV por 5 dias. Posteriormente foram realizadas duas coproculturas (swabs cloacais) no período de dois e vinte e três dias após o término do tratamento, sem o isolamento de Salmonella spp.
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