Sensibilidade ao fungicida benomyl in vitro de isolados de colletotrichum gloeosporioides provenientes de frutos de pimentão, jiló e berinjela
Fernandes, M. do C. de A.Santos, A. da S. dosRibeiro, R. de L.D.
RESUMO A antracnose dos frutos das solanáceas, devida à Colletotrichum gloeosporioides, ocasiona elevados prejuízos aos agricultores do Estado do Rio de Janeiro. O controle químico tem-se mostrado pouco eficiente, sob condições climáticas propícias ao patógeno, que comumente prevalecem nas regiões produtoras. Objetivou-se estudar a sensibilidade in vitro de isolados de C. gloeosporioides, provenientes de pimentão (Capsicum annuum), jiló (Solanum gilo) e berinjela (Solanum melongena), em relação ao fungicida benomyl, um dos mais utilizados pelos agricultores fluminenses contra o agente da antracnose. Culturas monospóricas de 34 isolados foram repicadas para meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) complementado com as concentrações de zero (controle), 1, 10, 100 e 1000 µg / mL de benomyl. As diluições do fungicida foram feitas em acetona a 20% e sua adição ao meio foi realizada antes da autoclavagem. Constatou-se variação significativa no crescimento micelial entre isolados e em função da concentração do fungicida. A maioria dos isolados de pimentão apresentou crescimento micelial mais vagaroso do que aqueles obtidos das outras espécies. Tal fato ocorreu com as concentrações de zero, 1, 10, 100 µg / mL de benomyl. Os isolados de jiló e berinjela não diferiram entre si, mesmo na ausência do fungicida, indicando sua similaridade genética.
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