Produção e composição do leite de vacas alimentadas com cana de açúcar suplementada com fontes de nitrogênio não proteico de diferentes degradabilidades ruminal
Faleiro Neto, J. AReis, R. BSampaio, I. B. MSaturnino, H. MSousa, B. ME. M. Moreira
A cana de açúcar (Sacharum officinarum L.) apresenta elevado potencial de produção de matéria seca (MS) e energia por unidade de área, fácil cultivo e manutenção do seu valor nutricional durante todo ano e principalmente em períodos de estiagem. Devido ao baixo teor de proteína bruta, a correção desta fração (proteína) deve ser realizada visando otimizar a relação energia:amônia e maximizar os processos fermentativos microbianos no rúmen. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência de fontes e níveis de NNP (ureia e OptigenII®), acrescidos na cana de açúcar (0,3; 0,6 e 0,9% - na matéria natural) em dietas com relação volumoso:concentrado 50:50 sobre o consumo de matéria seca (CMS), matéria orgânica (CMO), fibra em detergente neutro (CFDN), proteína bruta (CPB), extrato etéreo (CEE), produção e composição do leite e, níveis plasmáticos de nitrogênio uréico (NUP). Sete vacas da raça Holandesa com 583 kg de peso corporal mantidas em tie stall com 45 + 12 dias em lactação e 25 kg de leite foram distribuídas em delineamento tipo blocos incompletos balanceados com os seguintes tratamentos: ureia 0,3; 0,6 e 0,9% ou Optgen IIÒ nos mesmos níveis e uma dieta controle sem adição de N a cana-de-açucar (controle). O CMS em kg ou em % PC não apresentou diferença entre os tratamentos. Houve diferença para o CFDN em kg/dia e não houve diferença (P>0,05) para o CFDN em % do peso vivo. Não houve diferença (P>0,05) para o CMO e CPB. Não houve diferença (P>0,05) para produção de leite. Para os teores de gordura, lactose, ESD e ST não houve diferença (P>0,05). Houve diferença (P>0,05) para o teor de proteína do leite. O nível de 0,3% de ureia é suficiente para vacas produzindo ao redor de 25 kg/leite/dia.(AU)
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