Disfunção diastólica em cães com doença mixomatosa da valva mitral
Camacho, R. RSousa, M. GFranco, R. PGava, F. NCamacho, A. A
A degeneração mixomatosa da valva mitral (DMVM) é a cardiopatia de maior prevalência em cães e a ecocardiografia é necessária para avaliar o grau de remodelamento e a intensidade da disfunção cardíaca. Assim, o escopo desta pesquisa foi avaliar a função diastólica em cães com DMVM em diferentes estágios, comparando-os com cães saudáveis. Foram arrolados 12 cães adultos portadores de DMVM, os quais foram subdivididos em dois grupos: estágio B2 (n=7) e estágio C (n=5). Além disso, foi constituído um grupo controle com 9 cães adultos clinicamente saudáveis. Foram obtidos parâmetros ecocardiográficos para avaliação da função diastólica, assim como algumas variáveis para avaliação estrutural do coração e da função sistólica, as quais foram empregadas para investigar correlações com os parâmetros diastólicos. No tocante à função diastólica, houve diferença significativa entre grupos na avaliação da velocidade máxima do enchimento ventricular esquerdo lento, do tempo de relaxamento isovolumétrico e das velocidades anulares da mitral em início e final da diástole. Tais resultados refletem modificações estruturais e hemodinâmicas que acompanham a progressão da enfermidade mitral e a intensificação da insuficiência cardíaca congestiva. Os índices calculados a partir das relações entre a velocidade máxima do enchimento ventricular esquerdo rápido e as velocidades anulares da mitral, bem como entre asvelocidades anulares da mitral obtidas no início e final da diástole, também foram diferentes entre cães saudáveis eenfermos. Como alguns desses parâmetros refletem a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo e o estado congestivo do paciente, os resultados desta pesquisa apontam para a relação existente entre a progressão da DMVM e o prejuízo diastólico, além do remodelamento estrutural excêntrico que acompanha essa enfermidade.(AU)
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