Caracterização e potencial de utilização de tortas de oliva provenientes de diferentes extrações e indústrias na alimentação de ruminantes
Rizzo, Fábio AntunesSchafhäuser Júnior, JorgeScheibler, Rudolf BrandFluck, Ana CarolinaNörnberg, José LaerteVargas, Diego Prado deCosta, Olmar Antônio DenardinLourenço, Lívia ArgoudSuzin, Giuliano Orlandi
O objetivo foi caracterizar coprodutos da extração do azeite de oliva extravirgem, sua composição química e valor nutritivo de duas cultivares de azeitona (Arbequina e Koroneiki) de indústrias do sul do Brasil. As amostras do cultivar Arbequina foram realizadas em dois momentos (tempo 0 e 48h pós-processamento) e da cultivar Koroneki somente no tempo 0. Níveis superiores de carboidratos (CHO) e os menores de fibra em detergente neutro (FDN) contribuíram para melhorar degradabilidade in situ(61,0 vs 43,5%) da cultivar Koroneiki. Ambos os subprodutos obtidos no dia do processamento apresentaram altos teores de lignina, o que ocasionou um menor teor da degradabilidade in situ da FDN (21,1%). Também foram observados altos teores de EE (19,4% MS), fenóis totais (FT; 1,8% MS), taninos totais (TT; 1,11% MS) e NDT (72,7% MS). Esses resultados demonstram que o subproduto representa uma fonte potencial de lipídios e compostos fenólicos que podem ser utilizados para adequação de dietas, bem como agregação de moléculas funcionais em carnes e produtos lácteos. O cuidado na obtenção e conservação do produto é importante, pois o material obtido 48 horas após o processamento apresentou perdas nos teores de CHO, CNF, FT e TT, o que pode prejudicar seu valor nutricional e o potencial de aproveitamento.
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