Exposição rotineira aos procedimentos biométricos na piscicultura revela diferenças na resposta ao estresse em tambaqui e híbrido tambatinga
MORAES, Thayssa Cristina Hortences deFERREIRA, Celma MariaGAM, Kamyla Fernanda da SilvaHOSHIBA, Márcio AquioPOVH, Jayme AparecidoABREU, Janessa Sampaio de
Foram avaliadas as respostas fisiológicas de estresse de tambaqui e híbrido tambatinga quando submetidos a práticas rotineiras em sistema de criação, como a realização periódica de biometrias. Por 270 dias de cultivo, os peixes foram submetidos a biometrias mensais e, ao final do período, o sangue foi colhido em seis tempos de amostragem (antes; imediatamente após; e 2, 24, 48 e 72 h após a biometria) para avaliação de indicadores fisiológicos de estresse. Tambatinga é mais susceptível ao estresse, pois apresentou maiores níveis de cortisol e glicose na corrente sanguínea após manejo e levou mais tempo para recuperar seu estado fisiológico basal para estes parâmetros. Contudo, os baixos níveis de cortisol observados para ambos sugerem que os peixes estavam familiarizados ao manejo biométrico, resultando em resposta menos intensa. O manejo provocou aumento do volume celular dos eritrócitos do tambaqui, resultando em alteração no hematócrito e diminuição da concentração de hemoglobina. Hipocloremia foi verificada em ambos os peixes apenas 72 h após a realização do manejo. O manejo de biometria promove alterações hormonais, hematológicas e hidroeletrolíticas no tambaqui e híbrido tambatinga, mas, quando adotado de forma rotineira, em intervalos regulares, provoca respostas de estresse de menor magnitude.
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