Efeitos da chuva na densidade de Anomalocardia flexuosa na costa nordeste do Brasil usando modelos de defasagem distribuída
Lima, Severino Adriano de OliveiraAndrade, Humber AgrelliSousa, Raniere Garcez Costa
Neste estudo, foram analisados os efeitos da precipitação nas densidades de Anomalocardia flexuosa sob a perspectiva de atrasos temporais entre as variáveis. As coletas foram bimensais, entre abril de 2016 e fevereiro de 2018, na praia de Mangue Seco, Pernambuco, Brasil. As densidades totais e por categoria de tamanho (pequeno, médio e grande) e a precipitação foram analisadas com as funções de autocorrelação e correlação cruzada, com análise retrospectiva de até 12 meses. Modelos de defasagem distribuída foram empregados entre as variáveis. A densidade máxima foi encontrada em junho de 2017 (378 ind.m²) na categoria de tamanho médio dos indivíduos. Autocorrelações significativas ocorreram nas densidades (total e tamanho médio) e precipitação. Nas funções de correlação cruzada, a alta precipitação de determinado mês foi seguida por alta nas densidades total e de indivíduos médios por até dois meses. Os Modelos de defasagem distribuída também apresentaram valores significativos entre as densidades (total e tamanho médio) e a precipitação, explicando mais de 50% da variabilidade desses dois grupos. O efeito da precipitação foi responsável pelo aumento da densidade de A. flexuosa por até dois meses, principalmente pelo incremento de indivíduos com comprimentos de concha medianos.
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