Desenvolvimento de sementes de feijão-mungo: uma abordagem da maturação em condições tropicais
Rocha, L. G.Masetto, T. E.Araújo, R. M.Silva, D. M.Toledo, M. Z.
Resumo Há uma crescente demanda global pela produção de grãos ricos em proteína e por alimentos substitutos da proteína animal. Assim como outras leguminosas, o feijão-mungo é uma cultura explorada mundialmente devido ao seu alto teor proteico. Dessa forma, sementes de alta qualidade são pré-requisito para se obter alta produtividade. Com o objetivo de identificar o estágio mais apropriado para a colheita de sementes, o desenvolvimento da cultura do feijão-mungo foi monitorado desde o florescimento até a senescência das plantas, no Centro-Oeste do Brasil, durante dois períodos distintos: de março a julho de 2022 e de setembro a dezembro de 2023. Foram investigadas características físicas como comprimento, espessura, largura, massa fresca e seca, teor de água e dinâmica de germinação ao longo do desenvolvimento das sementes. Aos 7 dias após a floração (DAF), o teor de água das sementes era de 68% (base úmida, b.u.). Gradualmente, o teor de água das sementes foi reduzido, alcançando o equilíbrio higroscópico (35%, b.u.) com a umidade relativa do ar entre 28 e 35 DAF. O tamanho máximo das sementes de feijão-mungo ocorre aos 21 DAF, concomitante ao máximo acúmulo de matéria seca. Aos 35 DAF, as sementes colhidas em 2022 apresentaram maior capacidade de germinação, com 77% de protrusão radicular, enquanto as sementes produzidas em 2023 apresentaram apenas 44% de protrusão radicular. A aquisição de características inerentes ao estabelecimento de plântulas foi mais lenta e menos expressiva durante períodos de temperaturas intensas (setembro a dezembro de 2023), em comparação com condições de temperaturas mais amenas (março a julho de 2022).
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