VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 32-39

Influência da temperatura ambiente, do nível de energia da dieta e do sexo sobre características de desempenho e de carcaça de suínos

Fagundes, Antonio Cesar AlvesSilva, Roberto Gomes daGomes, Jacinta Diva FerrugemSouza, Luiz Waldemar de OliveiraFukushima, Romualdo Shigueo

Suínos são sensíveis a altas temperaturas e os mecanismos de termorregulação representam custos energéticos direcionados à perda de calor corporal, reduzindo o bem-estar e o desempenho produtivo,e alterando a qualidade de carcaça. O objetivo deste estudo foi avaliados efeitos do sexo e do nível energético da dieta em suínos em crescimento-terminação submetidos às variações sazonais de temperatura características de clima subtropical úmido e propor um modelo matemático que prediga o desempenho dos animais e características de carcaça. Vinte e oito leitões mestiços foram distribuídos aleatoriamente a 12 tratamentos em arranjo fatorial 2x2x3 (2 sexos, 2 condições ambientais e 3 níveis de energia na dieta). A condição de estresse calórico (câmara climática) apresentou temperaturas de 31 °Càs 7:00 e 22 °C às 17:00 (com máxima de 33 °C) e a condição de conforto térmico (galpão) apresentou temperaturas de 18 °C às 7:00 e24 °C às 17:00 (com máxima de 27 °C). Os animais foram alimentados ad libitum com dietas contendo 12,2 (baixo), 13,6 (médio) e 15,0 (alto)MJ EM/kg MS. O consumo voluntário de ração, ganho de peso diário e peso corporal final foram maiores (P<0,01) na condição de conforto térmico e sofreram influências do sexo (P<0,01) para os suínos em crescimento. A conversão alimentar decresceu conforme aumentou a energia da dieta (P<0,01), com valores de 2,67, 2,59 e2,32 (para 12,2, 13,6 e 15,0 MJ EM / kg MS, respectivamente). Houve interação entre nível dietético de energia e sexo somente para ganho diário de peso. Para os suínos em terminação, também se observou efeito da condição ambiental (P<0,01) sobre o consumo voluntário de ração, ganho diário de peso e peso corporal final, com o desempenho dos animais sendo melhor na condição de conforto térmico. Os valores de conversão alimentar foram 3,55:1, 3,42:1 e 2,95:1 para níveis deenergia baixo, médio e alto, respectivamente.(AU)

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