Artérias da base do encéfalo de eqüinos: sistema occipito-basilar
Campos, AglaiPrada, Irvênia Luiza de SantisSantos Junior, Ivaldo dosSantos, Djenane dos
Foram dissecadas 24 peças correspondentes a eqüinos da raça Puro Sangue Inglês, injetadas com Neoprene latex 650 corado e fixadas em formol a 25 por cento. As artérias da base do encéfalo estudadas estão na dependência de duas grandes fontes representadas, uma delas pelas artérias occipitais direita e esquerda (sistema occipito-basilar) e, a outra, pelas artérias carótidas internas direita e esquerda (sistema carótico). A artéria basilar resulta da convergência das artérias occipitais direita e esquerda (95,8 por cento), na região limítrofe entre medula espinhal e bulbo e termina dividindo-se, em correspondência à porção caudal dos pedúnculos cerebrais - com a ocorrência de variável número de tractos anastomóticos dispostos em rede - em dois bem definidos ramos terminais, assim considerados até a origem, em cada antímero, da artéria cerebral caudal. Observam-se ainda tractos anastomóticos relacionados à origem (37,5 por cento) e ao percurso (20,8 por cento) da artéria basilar, durante o qual ela emite numerosos colaterais, em ambos os antímeros, dos quais destacam-se as artérias cerebelar caudal (100 por cento), carótico-basilar (54,2 por cento), labiríntica (12,5 por cento diretamente ou 62,5 por cento indiretamente, como ramo da artéria cerebelar caudal) e artéria cerebelar rostral (100 por cento). Os colaterais da artéria basilar com ela estabelecem, de modo geral, ângulo agudo voltado rostralmente. Observa-se ainda que a artéria basilar diminui progressivamente de calibre em sentido caudo-rostral. Pelos aspectos descritos, o padrão de comportamento das artérias do sistema occipito-basilar dos eqüinos estudados insere-se entre os tipos médio e final do considerado por Testut¹ e na categoria 2 beta da classificação proposta por Tandler² e referida por De Vriese³.
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