Enterococos resistentes à vancomicina e tetraciclina em carnes cruas e processadas: características fenotípicas e genotípicas
Maia, Luciana FurlanetoGiraldi, CatiaTerra, Márcia ReginaFurlaneto, Márcia Cristina
A natureza ubíqua dos enterococos e sua capacidade de colonizar diferentes habitats são responsáveis pela sua fácil disseminação pela cadeia alimentar. No presente estudo, avaliamos a distribuição e a susceptibilidade antimicrobiana de isolados de Enterococcus provenientes de produtos cárneos. Cem produtos (carne de frango cru, carne de porco crua e carne cozida) foram adquiridos e cultivados para a presença de Enterococcus spp. No total, 194 amostras foram avaliadas, com taxas de contaminação de 63,6% nas amostras de frango, 31% na carne de porco crua e 1,4% nas amostras de carne cozida. A amplificação por PCR foi realizada para confirmar a presença de Enterococcus spp. (95/96), E. faecalis (66/96), E. faecium (30/96) E. casseliflavus/E. flavescens (3/96). Resultados de susceptibilidade mostraram que 100% dos isolados foram resistentes a pelo menos um antibiótico, sendo 100% de E. faecium resistentes a vancomicina, estreptomicina, ciprofloxacina, norfloxacina, eritromicina e tetraciclina. E. casseliflavus / E. flavescens resistentes a gentamicina, estreptomicina, ciprofloxacina, norfloxacina, eritromicina e tetraciclina. E. faecalis foram resistentes a ciprofloxacina, tetraciclina e eritromicina (92%), norfloxacina (83%), vancomicina e estreptomicina (50%). Na genotipagem, foram detectados os genes tetL e vanB. A presença desses microrganismos resistentes aos antimicrobianos nos alimentos pode causar problemas para a saúde pública.(AU)
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