VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 81-84

Osteossíntese de terceiro osso carpiano em equino por artroscopia

Rocha, Mylano Viana daMoura Júnior, Jose Ernane de CastroReis, Raíla Stefanie CostaUchôa, Francisca Joilde GadelhaFernandes Filho, José Ivan CaetanoBarroso, Camila GoerschVago, Paula Bittencourt

As fraturas ocorrem com relativa frequência em equinos, sendo as do terceiro osso carpiano uma das mais comumente encontradas em cavalos de corrida. Um dos tratamentos preconizados para esse tipo de fratura refere-se à fixação interna dos fragmentos ósseos por meio da aplicação de parafusos. Como alternativa menos invasiva utiliza-se a artroscopia, que garante uma cicatrização mais rápida e uma incisão de menor tamanho em relação a artrotomia tradicional. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de osteossíntese de fratura do terceiro osso cárpico em equino por via artroscópica. Foi encaminhado ao Hospital Veterinário Metropolitano (HVM) para procedimento cirúrgico, um equino macho, de 3 anos de idade, aproximadamente 440 kg, da raça Puro Sangue Inglês que era destinado a atividades de corrida. O animal apresentava claudicação do membro torácico esquerdo e através de exame clínico e radiográfico foi diagnosticada a fratura e indicada a osteossíntese para correção. O protocolo anestésico foi realizado com xilazina como medicação préanestésica, cetamina associado com diazepam para indução e manutenação por anestesia balanceada com isoflurano e infusão de cetamina e lidocaína. O procedimento de osteossíntese foi realizado por videoartroscopia com realização de exames radiográficos durante o processo para demarcação com agulhas do local de implantação do parafuso cortical 3,5 mm, como também para ajuste do mesmo. Em seguida foi realizada dermorrafia com fio de nylon 0, no padrão de sutura simples interrompido e curativo no local da cirurgia. Como tratamento pós-cirurgico imediato foi estabelecido administração de soro antitetânico, fenilbutazona por via intravenosa e gentamicina por via intramuscular. Manteve-se o protocolo de medicação por três dias, e, após esse período, o animal recebeu alta sem apresentar complicações.

Texto completo