A hipertermia durante o estro pode afetar o desempenho reprodutivo de fêmeas suínas
Wentz, IvoPandolfo Bortolozzo, FernandoBrandt, GuilhermeHeck, AugustoEduardo Bennemann, PauloLourenço Guidoni, AntonioAparecida Uemoto, Daniela
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da hipertermia no dia da inseminação artificial (IA) até o 13º dia de gestação, sobre o desempenho reprodutivo de leitoas e porcas. No experimento 1, as 488 fêmeas foram divididas em dois grupos de acordo com a temperatura retal no dia da primeira inseminação artificial (IA), respectivamente, G1 = £39,5ºC (normotermia) e G2 = >39,5ºC (hipertermia). As fêmeas com hipertermia apresentaram taxas de retorno ao estro (TRE) maiores e taxas de parto (TP) e tamanho de leitegada (TL) menores (p 0,05), quando comparadas às fêmeas com normotermia. No experimento 2, as 764 fêmeas foram classificadas em quatro grupos, respectivamente, G1 = hipertermia no dia da IA; G2 = hipertermia em um dos primeiros 4 dias após a IA; G3 = hipertermia em pelo menos um dia nos dois períodos anteriores e G4 = hipertermia do 10º ao 13º dia de gestação. Fêmeas com hipertermia no dia da primeira IA e no período inicial de gestação apresentaram maior TRE e menor TP no G1 e G2 (p£ 0,01) e o TL foi menor (p 0,01) nos grupos G1, G2 e G3, quando comparado às fêmeas com normotermia. Na fase de ligação embrio-maternal (G4), não foram observadas diferenças entre as fêmeas com normotermia e hipertermia. O experimento 3, no qual foram acompanhadas 102 leitoas, das quais 88 foram abatidas aos 29-34 dias de gestação, mostrou uma maior taxa de retorno ao estro (TRE) (p£ 0,01) e menor taxa de prenhez (TPr) (p£ 0,05), além de um menor número médio de embriões viáveis (NEV) e menor taxa de sobrevivência embrionária (SE) (p 0,05), nas leitoas com hipertermia. Com base nesses resultados, pode-se concluir que fêmeas com hipertermia no dia da IA e nos primeiros quatro dias após, podem apresentar prejuízos para o desempenho reprodutivo.
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