Desfolhamentos contínuos e seqüenciais simulando danos de pragas sobre a cultivar de soja BRS 137
Luiz Reichert, JoãoCorrêa Costa, Ervandil
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos desfolhamentos contínuo e seqüencial, tanto na fase vegetativa como reprodutiva, sobre o rendimento de grãos de soja (cultivar BRS 137), utilizando os níveis de danos estabelecidos para o manejo de pragas nessa cultura. O trabalho foi realizado na Universidade de Passo Fundo, RS, na safra 1999/2000. O delineamento experimental foi blocos ao acaso e os tratamentos, com quatro repetições, foram: desfolhamentos contínuos de (i) 33% nas fases V4 a V9 e de (ii) 17 e (iii) 33% nas fases R1 a R4 (escala de FEHR & CAVINESS, 1977); desfolhamento seqüencial de (iv) 33+17% e (v) 17+33%, respectivamente nas fases V4 a V9 e nas fases R1 a R4; e (vi) testemunha (sem desfolhamento). Observou-se que os níveis de desfolhamento de 33% na fase vegetativa e 17% na reprodutiva, não afetaram o rendimento de grãos (kg ha-1), enquanto o desfolhamento seqüencial de 33+17% e 17+33% nas fases vegetativa e reprodutiva, respectivamente, e 33% na reprodutiva, reduziram o rendimento de grãos. O rendimento de grãos por planta, número de legumes normais e de grãos, e o peso do grão foram os componentes determinantes na redução do rendimento de grãos de soja (kg ha-1), devido os desfolhamentos seqüenciais de 33+17% e 17+33%. Todos os desfolhamentos reduziram o número de grãos por planta e de legumes normais por planta. Considerando os níveis de desfolhamento recomendados para o controle de insetos filófagos, pode ser indicado, para a cultivar BRS 137, desfolhamento de 33% na fase vegetativa (V4 até V9) ou 17% na fase reprodutiva (R1 até R4).
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