Produção de leite e desempenho pós parto de vacas Hereford em distintas condições reprodutivas criadas extensivamente
Alves Pimentel, MarceloCarlos Ferrugem Moraes, JoséMiguel Jaume, CarlosSchneider Lemes, JaquelineCassal Brauner, Cássio
A produção de leite e o desempenho pós parto de 52 vacas multíparas Hereford em condição corporal média (3 em escala de 1 a 5), gestantes (45) e não gestantes (24), em condições extensivas, foram estudados, em 69 lactações, durante dois anos (2000 e 2001). A estimativa da produção de leite foi realizada em seis intervalos (3 de 21 d e 3 de 42 d), do nascimento à desmama (189d), por meio da técnica da pesagem do terneiro antes e após a mamada. Os fatores fixos foram ano, prenhez, sexo do terneiro e raça do touro (Hereford e Nelore). A produção de leite diária, do pico de lactação, total e a persistência da lactação, não foram influenciadas pelos fatores estudados (P>0,05). O peso ao parto foi maior (P 0,05) em 2001, (417,49 ± 6,94kg), que em 2000 (353, 97 ± 5,57kg), e não teve efeito (P>0,05) dos demais fatores avaliados. O peso vivo na concepção (99 d média), e à desmama, foi maior nas vacas gestantes (432,10 ± 5,78 e 433,30 ± 6,36kg) que nas não gestantes 399,37 ± 7,92 e 393,46 ± 8,70kg), respectivamente. O sexo dos terneiros teve efeito significativo (P 0,05) sobre peso ao nascer (41,75 ± 1,21 e 37,6 ± 1,13kg, para machos e fêmeas, respectivamente). No peso à desmama, todos os fatores demonstraram efeito (P 0,05) e os terneiros das vacas gestantes (194,22 ± 3,41kg) foram mais pesados que das vazias (177,43 ± 4,67kg). Em vacas de corte com produção de leite e condição corporal similar, do parto à desmama, o melhor desempenho das gestantes, em peso vivo e peso do terneiro à desmama demonstra que, provavelmente, uma melhor adaptação ao sistema tenha sido responsável pela fertilidade pós-parto.
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