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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Análise temporal de parâmetros demográficos e biométricos da raça Mangalarga

Almeida, Juliete Amanda Theodora deLucena, Jorge Eduardo CavalcanteSantiago, Juliano MartinsGonzaga, Iaçanã Valente FerreiraNascimento, Caline Angélica de Menezes SáMiranda, Maria Beatriz Rodrigues dePinto, Ana Paula Gomes

Objetivou-se analisar as alterações demográficas e biométricas dos animais registrados da raça Mangalarga, ao longo das décadas. Foram utilizadas informações de 206.428 equinos Mangalarga, extraídas do sistema de registro genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga. Dos animais nascidos entre 1930 e 2018, foram consideradas informações referentes ao sexo, data de nascimento, pelagem, localização do criatório, pontuação obtida no ato do registro genealógico e três medidas corporais dos equinos. Utilizando a medida de altura à cernelha e os perímetros torácico e de canela foram calculados cinco índices morfométricos. Os resultados foram submetidos à análise de variância, utilizando delineamento inteiramente ao acaso em esquema de parcelas subdivididas, sendo as parcelas compostas pelos sexos e as subparcelas constituídas pelas décadas de seleção. Entre 1930 e 1990 houve aumento progressivo na emissão de registros genealógicos, com destaque para as décadas de 70 e 80, quando se registrou maior taxa de crescimento do rebanho. Em 2018 identificou-se criatórios da raça Mangalarga em 23 estados brasileiros, sendo o Estado de São Paulo detentor do maior rebanho, seguido de Minas Gerais e Bahia. Entre 1970 e 2018 registrou-se aumento na altura à cernelha das fêmeas, garanhões e machos castrados, que se tornaram 5,1 cm, 3,1 cm e 2,1 cm mais altos, respectivamente. Enquanto o perímetro torácico dos garanhões aumentou 3,3 cm, o perímetro de canela das fêmeas reduziu 0,34 cm. Concluiu-se que a raça Mangalarga está distribuída por todo o Brasil, com destaque para a região sudeste. Independente do sexo, a seleção aplicada à raça tornou os equinos Mangalarga mais altos. Além disso, os garanhões ficaram mais pesados e com maior perímetro torácico e as fêmeas tornaram-se hipométricas.(AU)

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