Capacidade de formação de biofilme de Salmonella enterica subsp. enterica proveniente de fábricas de rações para suínos
Laviniki, VanessaSimoni, CintiaCarloto, Adriana FãoLopes, Graciela Volz
A ração animal tem sido considerada um importante veículo para a introdução de Salmonella enterica subsp. enterica em granjas de suínos. A sobrevivência e persistência de Salmonella em ambientes de fábricas de rações têm sido associadas a capacidade de formação de biofilme. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar 54 isolados de Salmonella provenientes de fábricas de rações para suínos quanto: i. expressão fenotípica de fimbria curli e celulose; ii. formação de película na interface ar-líquido; iii. adesão em microplacas de poliestireno e iv. a presença dos principais genes associados a formação de biofilme. Quanto aos ensaios fenotípicos de morfologia celular, todos os isolados de Salmonella apresentaram o morfotipo RDAR a 28 °C e SAW a 37 °C. A formação de uma película rígida na interface ar-líquido foi observada em 51,85% (28/54) dos isolados, enquanto uma película frágil foi observada em 18,52% (10/54) e 29,62% dos isolados não foram capazes de produzir película. A quantificação de biofilme em microplacas de poliestireno mostrou que 98,15% (53/54) dos isolados de Salmonella foram capazes de formar biofilme a 28 °C, enquanto que 83,33% (45/54) dos isolados foram classificados como não aderentes a 37 °C. Os genes csgD, fimA, adrA e bapA foram encontrados em todos os isolados estudados. Esses resultados indicam que os sorovares de Salmonella oriundos de fábricas de rações para suínos possuem capacidade de formação de biofilme.
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