Modelos de predição para cinética de secagem de resíduos de hortelã e extração de compostos voláteis
Oliveira, Fernanda Santana deFerreira, Thales Henrique BarretoJordan, Rodrigo AparecidoArgandoña, Eliana Janet Sanjinez
RESUMO: Resíduos gerados na indústria alimentícia podem ser fonte de matéria-prima para extração de compostos bioativos, evitando descarte e obtendo um produto com maior valor agregado. O objetivo do estudo foi determinar as condições de secagem e extração de substâncias voláteis de resíduos de menta. A partir da cinética de secagem de resíduos de menta em diferentes temperaturas, utilizando os modelos matemáticos de Page, Verna, Henderson, Wang e Singh, Two-term, Logarithmic, Lewis, Henderson e Pabis, Henderson e Pabis modificado e Page modificado, para ajuste dos dados experimentais e avaliados segundo os coeficientes de determinação (R2) e desvio quadrático médio. As cinéticas de secagem foram realizadas em triplicata em desidratador com circulação de ar a uma velocidade média de 0,5 m/s, nas temperaturas de 50 ºC, 60 ºC e 70 ºC, por tempos determinados até massa constante. Foi realizada análise de regressão não linear pelo método Quasi Newton utilizando o programa Statistica 8.0, em que os valores dos parâmetros dos modelos matemáticos foram estimados em função da temperatura do ar de secagem. Em todas as condições de processo, os modelos matemáticos testados para os dados experimentais apresentaram ajustes satisfatórios aos dados de cinética de secagem. Observou-se que o aumento da temperatura do ar de secagem reduziu o tempo de secagem para atingir o equilíbrio termodinâmico e o teor final de água do produto. O material extraído da hidrodestilação não apresentou separação de fases, resultando em um hidrolato aromático com componentes químicos semelhantes aos do óleo essencial de folhas de hortelã, destacando-se o mentol como componente majoritário.
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