Revisão sobre a leptospirose canina no Brasil
Hagiwara, Mitika KuribayashiMiotto, Bruno AlonsoTozzi, Barbara Furlan
Com o objetivo de conhecer os sorovares de Leptospira sp mais frequentemente envolvidos na leptospirose canina, foi realizada uma revisão dos trabalhos publicados entre 2003 e 2013 no Brasil. Leptospira interrogans sorovar Canicola e o sorovar Copenhageni foram os sorovares mais frequentemente isolados de cães doentes ou aparentemente hígidos. Os sorovares Icterohaemorrhagiae, Pomona e a Leptospira noguchi também foram isolados, embora em apenas uma única oportunidade. Títulos de anticorpos contra os sorovares Canicola, Copenhageni, Icterohaemorrhagiae, Pyrogenes, Autumnalis, Ballum, Bratislava, Tarassovi, Butembo, Grippotyphosa, Andamana, Hardjobovis e outros foram encontrados nos inquéritos sorológicos realizados. Embora a soroprevalência de 7,15% a 48,2% encontrada pelos autores indique a exposição dos cães a leptospiras patogênicas, a existência de reações cruzadas entre os sorovares e as reações paradoxais dificultam a identificação do sorovar infectante. Conclui-se pela necessidade de isolamento e a caracterização sorológica e molecular dos isolados para a determinação do sorovar infectante e seu papel patogênico para os cães.(AU)