Perfil profissional e técnico dos fiscais de inspeção sanitária do RS relacionado à cisticercose bovina
Brum, Jerônimo Gonçalves da SilvaPertile, Julia GhenoGonçalves, MichelleCastro, Luciana Laitano Dias de
A cisticercose bovina é responsável por elevados prejuízos na cadeia produtiva da carne, estando relacionada a uma das principais enfermidades transmitidas por alimentos. O objetivo deste trabalho é conhecer o perfil de Médicos Veterinários atuantes no sistema de inspeção oficial sobre questões ligadas à inspeção sanitária de carcaças bovinas e ao complexo teníase-cisticercose, bem como a sua interpretação da legislação (Decreto n o 9013/2017) relacionada à cisticercose. No período de junho a julho de 2020 foi realizado um levantamento sob forma de questionário a médicos veterinários que trabalhavam na inspeção do Estado do Rio Grande do Sul sobre questões ligadas a carcaças bovinas e ao complexo teníasecisticercose. Foram entrevistados 58 médicos veterinários que atuam no Sistema de Inspeção Estadual (SIE), em relação à legislação. Desses, 46,55% não consideram a legislação aplicada aos casos de cisticercose clara e de fácil interpretaçaÌo. Sobre a rotina de inspeção, 25% não realizam treinamento de reciclagem e 6,90% dos fiscais não monitoram as atividades dos seus auxiliares durante a rotina de inspeção dos sítios pré-determinados. Sobre o método de inspeção, 70,69% afirmam ser insuficiente a pesquisa de cisticercos realizada na linha de abate para garantir a sanidade da carcaça. A decisão de liberar a carcaça com apenas um cisticerco calcificado após inspeção completa é considerada errada por 55,17%. De acordo com a interpretação dos Médicos Veterinários, observou-se que a legislação vigente deve ser questionada e que os estudos contribuem para uma melhora da qualidade do sistema de Inspeção Estadual nos produtos de origem animal.(AU)
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