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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Biomechanical comments about Triassic dinosaurs from Brazil

Delcourt, RafaelAlex Kugland de Azevedo, SergioNelson Grillo, OrlandoOliveira Deantoni, Fernanda

Dinossauros do Triássico brasileiro foram encontrados nas formações Santa Maria e Caturrita, Rio Grande do Sul, Brasil. São conhecidas três espécies da Formação Santa Maria (Staurikosaurus pricei, Saturnalia tupiniquim e Pampadromaeus barberenai) e duas da Formação Caturrita (Guaibasaurus candelariensis e Unaysaurus tolentinoi). Os materiais associados a esses dinossauros encontram se muito bem preservados, permitindo descrever a musculatura e realizar estudos biomecânicos. A rotação lateral do fêmur de Saturnalia é corroborada pelos cálculos de biomecânica, e o reforço da crista supra-acetabular de Saturnalia, Guaibasaurus, Staurikosaurus, Herrerasaurus ischigualastensis, Efraasia e Chromogisaurus novasi sugere que dinossauros basais possivelmente mantivessem o tronco inclinado ao menos 20° em relação ao eixo horizontal. A articulação da cintura peitoral de sauropodomorfos basais (Saturnalia e Unaysaurus) foi estabelecida utilizando a metodologia de "Clavicular Ring" e a lâmina escapular permanece próxima a 60° em relação ao eixo horizontal, uma condição plesiomórfica para sauropodomorfos e também encontrada no plateossaurídeo articulado Seitaad ruessi. Os dinossauros basais do Brasil eram leves e as estimativas de massa foram de 18,5 kg para Staurikosaurus, 6,5 kg para Saturnalia e 17 kg para Guaibasaurus. Provavelmente Pampadromaeus tinha 2,5 kg, mas medidas do fêmur são necessárias para confirmar essa hipótese. Os dinossauros do Triássico brasileiro foram diversificados, mas compartilham alguns aspectos funcionais que foram importantes dentro do contexto evolutivo.

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