Artéria renal tripla em porco-espinho (Sphiggurus villosus): relato de caso
Peçanha, Shirley VianaDuarte, Rafaela DünkelNascimento, Renata Medeiros doSouza Junior, Paulo deFigueiredo, Marcelo Abidu
O interesse pelo estudo de animais silvestres vem crescendo consideravelmente nos últimos anos, seja em decorrência do risco de extinção ou visando o controle de doenças, especialmente as zoonoses. A ordem Rodentia apresenta o maior número de espécies da classe Mammalia. Apesar de ampla distribuição e importância, dados sobre sua anatomia vascular renal são escassos na literatura. O objetivo deste artigo é relatar o aparecimento de variação numérica na artéria renal esquerda em Sphiggurusvillosus com enfoque nas possibilidades de implicações clínico-cirúrgicas, como, anastomoses cirúrgicas, estudos imaginológicos, nefrectomias e planejamento pré-operatório para redução de riscos e complicações como hemorragia. O cadáver foi devidamente formolizado no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Morfologia de Animais Domésticos e Selvagens e posteriormente dissecado. O rim esquerdo apresentou três artérias renais, uma cranial, uma intermediaria e outra caudal, ambas posicionadas em nível de L2 emergindo de forma impar lateralmente da aorta abdominal. A primeira artéria, mais cranial, apresentou 10,52 mm de comprimento e se dirigiu diretamente para o hilo renal, emitindo ramo para adrenal, diafragma e musculatura sublombar. A segunda artéria, intermediária, mediu 7,77 mm, emitiu ramo cranial e caudal para o hilo renal e ramo ureteral. A terceira artéria, caudal, mediu 10,11 mm e se dirigiu para o hilo renal. A veia renal esquerda era única e apresentou 9,25 mm de comprimento, posicionada em nível de L1. Este é o primeiro relato de artéria renal tripla em mamífero silvestre.
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