Aspectos epidemiológicos da ocorrência de anticorpos anti-Sarcocystisspp. e anti-Toxoplasma gondii em cães da região norte do Brasil
Silva, Victória Luiza de BarrosPacheco, Thábata dos AnjosMelo, Andréia Lima ToméAguiar, Daniel Moura dePacheco, Richard de CamposRamos, Dirceu Guilherme de Souza
Conduzimos um estudo soroepidemiológico sobre a ocorrência de anticorpos anti- Sarcocystis spp. e anti-Toxoplasma gondiiem cães de propriedades de agricultura familiar no município de Ji-Paraná, Rondônia. Amostras de sangue foram coletadas de cães aparentemente saudáveis, entre setembro de 2012 e novembro de 2013. Ao todo, foram analisados 181 soros sanguíneos por meio do ensaio de imunofluorescência indireta, sendo positivas 57 (31,49%) e 20 (11,04%) amostras para anticorpos anti-T. gondii e anti-Sarcocystis spp., respectivamente. As análises estatísticas demonstraram que o tipo de alimentação fornecida aos cães esteve associado à ocorrência de anticorpos anti-Sarcocystis spp. Em contraste a idade e o acesso à carcaça bovina foram fatores de risco para a presença de anticorpos anti-T. gondii. A alta ocorrência de cães soropositivos para Sarcocystis spp. e T. gondii evidencia a ampla distribuição desses agentes na área estudada, possivelmente devido à exposição humana e animal a essas espécies de protozoários. Além disso, o resultado dos anticorpos anti-T. gondii relacionados a idade do cão mostraram diferença estatística, com aumento significativo no número de animais positivos com a idade. Além disso, altos títulos de anticorpos (até 800) contra Sarcocystis spp. em cães sugerem a possibilidade de exposição recente, além da contaminação ambiental por oocistos/esporocistos eliminados pelas fezes desses animais.
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