Avaliação parasitológica em híbridos de peixes Serrasalmidae cultivados no Brasil
Jerônimo, Gabriela TomasVentura, Arlene SobrinhoPádua, Santiago Benites dePorto, Edson LuniereFerreira, Liliane CamposIshikawa, Márcia MayumiMartins, Maurício Laterça
Este estudo avaliou a fauna parasitária de híbridos tambacu (Colossoma macropomum × Piaractus mesopotamicus) e patinga (P. mesopotamicus × Piaractus brachypomus) e a interação hospedeiro-parasito-ambiente durante as estações quente e fria em duas pisciculturas localizadas no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, América do Sul. Foram examinados um total de 120 peixes, sendo 60 peixes por espécie. A qualidade da água foi mensurada semanalmente para avaliar a interação entre condições ambientais e parasitismo. Foram encontradas quinze espécies de parasitos: Ichthyophthirius multifiliis, Chilodonella hexasticha e Trichodina sp. (Protozoa); Henneguya piaractus, Myxobolus colossomatis e Myxobolus cuneus (Myxozoa), Anacanthorus penilabiatus, Mymarothecium boegeri, Mymarothecium viatorum e Notozothecium janauachensis (Monogenoidea), Goezia spinulosa e Goezia sp. (Nematoda), Echinorhynchus jucundus (Acanthocephala), Dolops carvalhoi eLernaea cyprinacea (Crustacea). O protozoário ciliado I. multifiliis e helmintos monogenoides foram os parasitos mais prevalentes nas estações fria e quente para ambos os híbridos nos diferentes sistemas de cultivo, produção intensiva comercial e pesca esportiva. Observou-se que os híbridos de serrasalmídeos são mais suscetíveis aos parasitos e abrigam alta diversidade parasitária em relação às espécies parentais, C. macropomum, P. mesopotamicus e P. brachypomus em ambiente de cultivo com predominância de ectoparasitos.(AU)
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