Desafios fisiológicos da reprodução de felídeos selvagens
O sucesso das técnicas de reprodução assistida (ARTs) em felídeos selvagens ainda é baixo, com taxas de prenhez inferiores a 10% após o uso da inseminação artificial (IA) ou da fertilização in vitro/transferência de embriões (FIV/TE). Considerando-se as pequenas populações isoladas mantidas em cativeiro e as dificuldades logísticas e sanitárias relacionadas com o transporte de animais vivos, a aplicação dessas técnicas de reprodução com eficiência torna-se essencial para o manejo reprodutivo ex situ de felídeos. Um dos desafios a ser vencido é a variabilidade no mecanismo de ovulação entre espécies, sendo que algumas apresentam ovulações espontâneas com maior frequência. Essa variabilidade traz, como consequência, respostas também muito distintas após a aplicação de gonadotropinas exógenas para indução do desenvolvimento folicular e da ovulação. Uma alternativa para melhorar a consistência das respostas endócrino-ovarianas é a utilização de progestinas previamente ao protocolo hormonal. Novas alternativas vão surgindo para tornar os procedimentos de reprodução assistida em felídeos mais práticos e efetivos. O treinamento de equipes habilitadas para realizar tais procedimentos, nas diversas regiões, é essencial para o manejo reprodutivo das populações em cativeiro, a fim de sempre maximizar a manutenção da diversidade genética.(AU)
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