Estresse na reprodução de caprinos machos
Eloy, A. M. XPereira, E. P
Quando o homem começou a domesticar os animais e colocá-los em cativeiro, sua principal preocupação restringia-se a como impedi-los de escapar e como poderiam ser mantidos vivos e saudáveis. Mais tarde, começaram a se preocupar com a produção, sobretudo de leite e carne, o que exigia aumentar o número de crias. Durante esses tempos, os distúrbios advindos do estresse eram problemas, apenas, na medida em que eles afetavam a saúde e o desempenho do animal. O conceito de estresse só foi desenvolvido ao longo de várias décadas, por volta da metade do século 20, dando origem ao modelo atual em foco. Este sugere que a homeostase, ou seja, estabilidade por meio de mudanças, as quais acarretam alterações no metabolismo do corpo, ajuda o animal a antecipar novos desafios e, assim, responder a eles, contribuindo, dessa forma, para uma melhor adaptação ao seu ambiente. O estresse é responsável por alterações no metabolismo e, em consequência, no funcionamento dos diferentes sistemas, entre eles o reprodutivo. Estudos sobre o estresse nos animais domésticos, em especial bovinos, ovinos e suínos, são abundantes, pois eles representam grande parte da alimentação consumida no globo terrestre. Em caprinos, no entanto, esses estudos ainda são escassos, provavelmente, em virtude de sua pouca expressão no mercado global de carne e leite. Esta revisão visa mostrar os tipos de estresse mais estudados no caprino macho e sua interferência na função reprodutiva. (AU)
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