VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 129-136

Produção e valor nutritivo da parte aérea da mandioca, maniçoba e pornunça

Ferreira, Alexandre LimaSilva, Alineaurea FlorentinoPereira, Luiz Gustavo RibeiroBraga, Luís Gustavo TavaresMoraes, Salete Alves deAraújo, Gherman Garcia Leal de

Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o crescimento, a produtividade e a composição químico-bromatológica da mandioca (Manihot esculenta Crantz.),maniçoba (Manihot glaziowii Mull.) e do híbrido natural pornunça. O plantio foi realizado em parcelas com espaçamentos de 3 m entre linhas e 3 m entre manivas, sem adubação e correção do solo. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 2 (três espécies e dois sistemas de poda) com três repetições. As podas foram definidas em: poda 1 com corte da parte aérea 12 meses após o plantio e poda 2 com corte da parte aérea aos 12 meses, após corte prévio de uniformização aos 9 meses de idade. Houve diferença significativa (P<0,05) entre a altura das plantas, de modo que a mandioca e a pornunça apresentaram alturas médias finais de 106,8 e 116,4 cm, respectivamente. Nos sistemas de poda avaliados, a pornunça apresentou a maior produção de matéria seca (MS) com 468 e 197 kg/ha, respectivamente. O teor de MS diferiu (P<0,05) entre os tratamentos na poda 1, em que a maniçoba apresentou o maior valor médio (34,66%), enquanto na poda 2 os teores de MS foram semelhantes. Os teores de PB diferiram (P<0,05) na poda 1, com valores médios de 26,19 e 27,58%, respectivamente, para mandioca e pornunça. Não houve diferença significativa (P>0,05) para os teores de fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido e digestibilidade in vitro da matéria seca. Os teores de K e Mg não diferiram (P>0,05) entre os tratamentos. O híbrido pornunça destaca-se pelo grande potencial produtivo e, portanto, pode ser uma opção de forrageira a ser difundida.

Texto completo