Propriedades físicas e sensoriais da carne suína PSE
Caldara, Fabiana RibeiroSantos, Viviane Maria Oliveira dosSantiago, Juliana CascãoPaz, Ibiara Correia de Lima AlmeidaGarcia, Rodrigo GarófalloVargas Junior, Fernando Miranda deSantos, Luan Sousa dosNääs, Irenilza de Alencar
Objetivou-se avaliar as características físicas e sensoriais da carne suína PSE, suas correlações e os prejuízos causados para a indústria, em função de sua ocorrência. Em abatedouro comercial aferiu-se o pH das carcaças (n=1601) aos 45 minutos post mortem (pH45), classificou-as em PSE (pH45 5,8) ou normais (pH455,8). Após 24 horas de resfriamento, foram coletadas amostras do músculo Longissimus dorsi de 26 carcaças PSE e 26 normais, que foram avaliadas quanto à coloração (L*, a*, b*), perda de exsudato, perda de peso por cozimento, força de cisalhamento, atributos sensoriais (maciez, suculência e palatabilidade) e composição centesimal. Foram avaliadas as correlações entre parâmetros físicos e sensoriais. A incidência de carnes PSE foi de 10,06%. O pH final, perda de peso por cozimento, força de cisalhamento e composição centesimal não diferiram entre os tipos de carne. A perda de exsudato foi, aproximadamente, 39% maior para carne PSE. O pH45 correlacionou-se, negativamente, com L* (R= -0,331) e b* (R= -0,528). A suculência correlacionou-se, positivamente, com a palatabilidade (R= 0,436) e maciez (R= 0,297) e, negativamente, com a perda de peso por cozimento (R= -0,326). A força de cisalhamento apresentou correlação positiva com perda de exsudato (R= 0,529) e negativa com maciez (R= -0,767). O prejuízo estimado em função da ocorrência de carnes PSE foi da ordem de R$340.800,00 anuais. Carnes PSE apresentam alterações negativas nas propriedades funcionais e sensoriais, relacionadas com a redução de sua capacidade de retenção de água, o que causa perdas consideráveis para a indústria processadora.(AU)
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